CONSTELAÇÃO FAMILIAR
Atualizado: 25 de fev.

A Constelação Familiar é uma ferramenta terapêutica, criada pelo cientista alemão Bert Helinger), que trabalha o sistema familiar através do seu campo mórfico ( que é um campo quântico de informações. Informações essas que são captadas pelos participantes através das sensações corporais, emoções e sentimentos conscientes.).
Quando fazemos uma constelação familiar, seja em grupo ou individualmente, temos a oportunidade de restabelecer as "Ordens do Amor" (como diz Bert Helinger), de equilibrar o dar e receber, de incluir os "esquecidos ou excluídos", e de ordenar a hierarquia familiar, colocando cada pessoa no seu devido lugar. Pai e mãe ocupando seus lugares e filhos sendo filhos...
Podemos olhar, entender e buscar a cura para sintomas físicos, emocionais, e mentais.
Podemos também equilibrar um determinado assunto (por exemplo, heranças, vendas de imóveis, etc.) que está mal resolvido no campo familiar e trazer leveza para os envolvidos, para poderem tratar do assunto com mais clareza, à luz do Amor.
Realizamos regularmente Constelações Familiares TSFI.
Agende sua constelação com nossos terapeutas Graça Soares (71) 98874-7863
Fazemos Workshop de Constelações Xamânicas com Caminho do Amor (71) 9905-4325 (divulgamos as datas em nosso Instagram)
A seguir Texto de artigos que tratam do tema.
AS LEIS DO AMOR
Honrando Nossa Ancestralidade
Caros leitores,
VOCÊ ACHA QUE SUA HISTÓRIA FAMILIAR AFETA VOCÊ?
Independente do que você conhece sobre sua família, pois na maioria de nossas histórias familiares há muitas coisas ocultas, escondidinhas em algum coração oprimido... é interessante descobrir que fatos, doenças e traumas sempre se repetem na mesma família por gerações.
Separei estes artigos que foram copiados do site: sobreavida.com.br para que você possa entender como as coisas que afetaram nossos bi...tri...tetra avós, nos afetam hoje... e muito!
Eles falam dos estudos consagrados e conhecidos pela comunidade terapêutica, que foi tratado primeiramente pelo ex padre missionário Anton "Suitbert" Hellinger, conhecido simplesmente como Bert Hellinger, psicoterapeuta alemão, inventor das Constelações familiares.
A Constelação Familiar honra aos nossos antepassados e demonstra como nossa história familiar afeta nossa vida. Portanto, é muito importante a "leitura" e análise de nossas relações familiares para entendermos as repetições e dificuldades que toda família tem e sofre há gerações. Nada foi mudado dos artigos, apenas transcrevi e compilei todos em dois textos.
Boa Leitura, Márcia de Andrade Macêdo - maio de 2016
DE ONDE VOCÊ VEIO – PARA ONDE VOCÊ VAI
* Por Juliana Baron
Sempre gostei das áreas da Psicologia que vinculam o sistema familiar ao modo como as pessoas agem, vivem, escolhem, porque nunca consegui entender um desagregado do outro. Não sei se é porque eu tenho uma família totalmente enlaçada (muitas vezes, até demais), mas de verdade, acredito que somos fruto e resultado da soma de todos aqueles que vieram antes de nós e com quem convivemos desde antes de nascer.
Você já se perguntou sobre a influência que o lugar aonde você nasceu tem sobre você? E os seus pais? E a sua origem? E o lugar ao qual você pertence?
Quando estudo toda essa conexão, sempre gosto de caminhar e aprender com a Constelação Familiar, que de forma resumida, é um método criado por Bert Hellinger que descobriu que há 3 leis (ou necessidades) que atuam na família: hierarquia (estabelecida pela ordem de chegada), pertencimento (estabelecido pelo vínculo) e equilíbrio (estabelecido pelo dar e tomar/receber). Segundo ele, quando tais leis são violadas numa família, surgem compensações que atuam em outros membros da mesma (muitas vezes em membros que sequer haviam nascido quando o problema aconteceu). Através de uma representação, quem constela, conduzido pelos consteladores, vai compreendendo de onde vem suas aflições, medos, limitações e então ele pode, se possível, enxergar o próximo passo que o conduza de uma maneira mais leve na vida, solucionando a questão que o incomoda e que o levou até aquela experiência.
Não haveria como eu explicar em um único post a complexidade e a maravilha das constelações, mas posso dizer, por vivências próprias, que elas são mega esclarecedoras e provocam uma mudança enorme na vida de quem as procura. Talvez toda essa compreensão não aconteça de um dia para o outro, mas é muito interessante como os efeitos produzidos na vivência vão reverberando por dias, até o momento em que você capta a ligação entre o que aconteceu no passado e o que você vem reproduzindo no presente.
Confesso que quando alguém jura para mim que não tem nada a ver com a sua família, ou que não possui qualquer responsabilidade no desentendimento com os pais, ou que o irmão drogado é o único “problema” daquele sistema familiar, eu sinto vontade de dizer que um sistema é um sistema, justamente, porque todos exercem poder e influência sobre ele. Um familiar considerado a ovelha negra, por exemplo, é apenas um sintoma daquele sistema inteiro. Para mim, aí está a maravilha da conexão, da constelação familiar, mesmo que seja difícil nos responsabilizarmos pelo todo.
Resolvi escrever sobre esse assunto depois que li a reportagem de capa da revista Vida Simples desse mês, intitulada “O que você traz na bagagem”, e porque estou vivendo um momento em que venho refletindo muito sobre o legado que eu deixarei aos meus filhos. Geralmente, como mencionado até aqui, nos preocupamos muito com o nosso passado, com o que os nossos antepassados representam no nosso presente e pensamos muito pouco sobre o que nós estamos construindo hoje e que um dia será passado no futuro de alguém. Louco colocar essa questão dessa forma, não?
Então, hoje lhe convido a pensar um pouco sobre qual a relação entre a sua origem, as suas raízes e a maneira como você vive o agora. Por que será que seus relacionamentos sempre acabam da mesma forma ou por que você pula de emprego em emprego e nunca encontra satisfação? E o inverso também. Quais os emaranhados que você cria e vive hoje que podem reverberar entre os futuros integrantes da sua família? O que você pode fazer para deixa-los mais disponíveis e livres para viverem as suas próprias vidas? Qual o seu papel no seu sistema familiar?
Essas podem parecer perguntas simples, mas garanto que se bem formuladas e refletidas, podem se tornar a busca de uma (ou mais) vida inteira.
CONSTELAÇÃO FAMILIAR DE BERT HELLINGER: AS LEIS DO AMOR
Por Frederico Mattos
“Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso apenas amar bastante e tudo ficará bem. (…) Para que o amor dê certo, é preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele. É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta do amor.”
Bert Hellinger
Nessa série de artigos falarei sobre os princípios básicos que regem as Constelações Familiares criada por Bert Hellinger que tive o prazer de conhecer pessoalmente e realizar minha complementação de formação terapêutica.
Bert Hellinger, além de terapeuta é um pensador e investigador magnífico. No alto de seus 87 anos conseguiu atingir uma grande percepção e sabedoria a respeito da alma humana. Descobriu ao longo de 30 anos de trabalho determinado, sério e devotado uma série de leis ocultas que atuam sobre as pessoas, grupos, famílias e nações.
Essas leis vem sendo ignoradas por toda história da humanidade, causando grandes distúrbios, conflitos e dores em escala individual e coletiva.
A primeira lei se refere à pertinência: Todos têm o igual direito de pertencer.
A segunda lei se refere ao equilíbrio entre dar e receber.
A terceira lei diz que há uma hierarquia de tempo: os mais antigos vêm primeiro e os mais novos vêm depois.
Cada artigo desta série falará sobre uma dessas leis que regem a vida de modo inconsciente na mentalidade coletiva.
Bert Hellinger as descobriu através da observação de trabalhos terapêuticos práticos que ele desenvolveu ao longo de anos. Esse processo de desdobrou e sua percepção foi se aprofundando sobre o funcionamento de famílias, casais, nações, empresas e sistemas.
Todo grupo funciona como um organismo vivo que se autorregula para permitir que sobreviva ao longo do tempo.
Em cada Constelação Familiar realizada, Hellinger foi depreendendo um conhecimento sobre as leis ocultas da vida. Nenhum trabalho foi tirado da teoria para chegar à prática, mas veio da prática para a teoria. Ele observava um fenômeno e dali deduzia algo que se demonstrava enquanto uma lei básica da vida (método fenomenológico).
O trabalho é simples, pois atua com questões essenciais da vida como o relacionamento familiar. E apesar da simplicidade ele toca dimensões sutis da alma familiar (alma não no sentido religioso, mas no sentido latino da palavra, “aquilo que empresta movimento a algo”) como a dor, a vida, a morte, o amor e as separações, com isso seus resultados são vastos, complexos e profundos.
No próximo artigo falarei sobre a primeira lei, a do pertencimento. Acompanhe essa jornada (toda sexta-feira) às profundezas da alma humana!
No primeiro artigo falei sobre as Leis do Amor descobertas por Bert Hellinger.
Comentei que existem leis ocultas da vida que atuam sobre as nossas vidas mesmo que não as percebamos.
Agora falarei da primeira lei:
1ª Lei: TODOS TÊM O IGUAL DIREITO DE PERTENCER.
Por Frederico Mattos
O que isso quer dizer? Quer dizer que não importa o que uma pessoa faça de “condenável”, “pecaminoso”, “reprovável” ou “errado”
ela continua tendo o direito de pertencer ao sistema familiar.
Isso não quer dizer que ela esteja isenta de repreensões, restrições e até de punições legais, mas apesar de tudo ela continua tendo o mesmo direito de pertencer a um sistema familiar.
Suas atitudes podem diminuir sua credibilidade, confiabilidade e até sua proximidade, mas não tiram seu pertencimento.
Por exemplo, uma pessoa comete um crime e isso causa uma vergonha entre os familiares. Ele vai preso, cumpre sua pena, sai da prisão e passa a morar afastado de seus familiares. As pessoas passam a não comentar sobre o acontecido, evitam falar do passado e tentam apagar da história da família aquele membro. Ele passou a ser um inconveniente e uma “vergonha moral” para a família.
No entanto, essa lei demonstra que quando um membro familiar é assim visto pelos demais isso cria um efeito colateral.
Essa lei atua drasticamente fazendo com que esse membro do grupo seja incluído novamente de um jeito ou de outro, esteja ele vivo ou não.
Normalmente percebe-se que esse comportamento reprovável reaparece em alguma das gerações seguintes em forma de sintomas num dos jovens membros, como um neto ou bisneto (sem que eles saibam). Ou também, na forma de um problema de relacionamento entre membros como irmãos ou um casal.
Essa lei do Pertencimento também é válida para aquelas pessoas que foram prejudicadas em favor de alguém da família. Se por exemplo, um casal se une e essa união foi conseqüência de uma separação com um ex-parceiro, a energia deste também pode atuar sobre os filhos desse casal. Essa é uma dinâmica das mais comuns verificadas por Hellinger. Um filho se comporta de modo inapropriado tendo ciúme de um dos pais, ou sendo tirano em casa, ele pode estar sofrendo os efeitos daquele ex-parceiro da mãe que foi deixado de lado em favor da união dos pais. É quando a felicidade de alguém foi fruto da infelicidade de outro.
Quando esses membros da família são reconhecidos é possível haver uma reconciliação pacífica entre todos. Esses momentos demandam uma grande coragem, pois exige dos membros de uma família que superem seus julgamentos morais em favor da reinclusão daquele membro excluído.
Pelo bem maior da família que transcende a condenação moral os membros incluídos ganham um espaço precioso no coração de seus membros. Dessa forma todos podem voltar a sentir a paz que foi interrompida pelo acontecimento doloroso do passado.
O resultado individual é que um dos membros que carregava a sensação de não se sentir aceito em nenhum lugar acaba. A sensação de “voltar para casa” dentro de si é incrivelmente libertadora e a felicidade é possível…
No próximo artigo (sexta-feira que vem) tratarei do equilíbrio entre dar e receber amor!
Já falei nos artigos anteriores sobre a criação das Constelações Familiares e da primeira lei do amor que trata sobre o Pertencimento.
2ª Lei: Equilíbrio Entre Dar e Receber.
Por Frederico Mattos
Na conhecida oração de Francisco de Assis se diz que “é dando que se recebe”. E essa frase resume muito do pensamento religioso. Bert Hellinger, no entanto, percebeu que nas famílias existe uma ordem natural do dar e receber entre pais e filhos e nos casais.
A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. Os pais dão e os filhos recebem. Os pais dão a vida e os filhos a aceitam. Os pais dão amor e os filhos o tomam em seu coração. Daí decorre um grande aprendizado: os filhos precisam dos pais, mas os pais não precisam dos filhos.
E é exatamente quando essa ordem é invertida que começam os problemas familiares. Nas constelações percebemos muitos pais presentes de corpo, mas com suas mentes voltadas para seus conflitos íntimos. As crianças são muito sensitivas e com seu amor infantil querem trazer os pais de volta para a vida no “aqui-e-agora”.
O resultado é uma inversão de papéis, pois os filhos passam a fazer de tudo para que seus pais se alegrem e se sintam felizes em sua presença. Na tentativa de preencherem esse espaço vazio que os pais deixaram os filhos se sobrecarregam e passam a ser a “felicidade dos pais”. Quando os pais brigam ele se coloca obediente para um dos pais e tenta criar uma reconciliação, ou fica doente para que os pais se unam cuidando dele. A criança inconscientemente diz “eu vou no seu lugar” ou “eu sofro por você”.
Mas esse amor é cego e não traz solução real e sim um agravamento do problema. Muitos pais acabam abdicando de sua vida de casal para nutrir 100% das necessidades dos filhos e se esquecem que a base da família é o casal fortalecido. Os desejos dos filhos se alegram quando os pais deixam de amarem um ao outro para serem exclusivos deles, mas suas almas se sobrecarregam. E inconscientemente eles acabam pagando com um sentimento de expiação. E toda expiação é sem sentido, não traz crescimento, pois nenhum mal se paga com sofrimento.
No momento que os pais identificam que a criança passou a ter mais importância na família é momento de refletir sobre essa dinâmica da relação. Reassumirem o papel de pais e tirarem a sobrecarga dos filhos para que eles sigam suas vidas.
A melhor forma de os filhos retribuírem o amor que receberam dos pais é passando isso adiante para as próximas gerações.
Entre o casal pode ocorrer um desequilíbrio entre o dar e o receber. Há mulheres que se sentem superiores aos seus maridos e preferem dar todo o seu amor a eles e sem perceber se recusam a receber. Com o tempo esse marido vai se infantilizando e se tornando dependente dela e gradativamente menos atraente como homem. Com o tempo passa a se desinteressar por ela acaba buscando em vícios e distrações preencher o vazio que sente.
Ela dá demais de si e se recusa a receber, pois acredita que dar amor é suficiente. Com o tempo ele se ressente e a relação fica inviável. Isso pode acontecer com homens paternalistas que se dispõe a fazer tudo por suas mulheres. Ele não deixa que ela ofereça nada de si. Com o tempo ela acaba adoecendo, ficando deprimida e isso reforça a sua sensação de que tem que dar mais para a esposa. Sua depressão é um ressentimento pela impossibilidade de retribuir o muito que deu.
É muito comum observar casais onde um concede muito e o outro pouco. Com o tempo aquele que recebeu demais pode agir de três formas.
A primeira é sentir gratidão pelo muito que recebeu e reconhecer tudo que teve. Por exemplo, um marido que foi cuidado pela esposa depois de um acidente e fica ternamente grato pelo muito que recebeu.
A segunda maneira é tentar diminuir ou atacar a pessoa que deu demais para que ela se sinta tão inferior quando ele. Por exemplo, quando um homem perde o emprego e a esposa o ajuda a se manter por alguns meses e nesse período ele não para de criticar cada atitude dela.
A terceira é deixar a pessoa que deu demais, seja traindo ou abandonando a relação.
Portanto, para que o amor dê certo é fundamental que o equilíbrio entre dar e receber seja respeitado.
Já falei nos artigos anteriores sobre a criação das Constelações Familiares, da primeira lei do amor que trata sobre o Pertencimento e do equilíbrio entre dar e receber.
3ª Lei: Hierarquia De Tempo.
Por Frederico Mattos
Já falamos que o amor tem uma ordem e que sem essa ordem o amor corre desgovernado nas relações familiares e de casal. A ordem natural é os que vieram antes tem prioridade sobre os que vieram depois. Os mais velhos têm prioridade sobre os mais novos.
Os pais vêm primeiro e os filhos vêm depois. Na prática quer dizer que os pais são grandes e os filhos são pequenos. A relação dos pais é a prioridade numa família e os filhos vêm depois para completar o sentido da união do casal. Os pais dão aos filhos e os filhos recebem.